Em Fevereiro, Março deste ano, 2020 quando começou a pandemia, a Direcção do Moto Maco decidiu enviar aos principais hospitais centrais, um e-mail de apoio na entrega de medicação aos doentes crónicos, que por força dessa situação, se viram impossibilitados de se deslocarem às farmácias hospitalares.
Durante sete meses, os nossos Moto Macos conseguiram fazer mais de 400 entregas de norte a sul de Portugal Continental.
Como forma de reconhecimento do nosso trabalho voluntário, e gratuito, a associação “ANDAR” achou por bem efectuar-nos uma homenagem, por altura do seu 25º aniversário, comemorado no dia 25 de Setembro do corrente ano. Curiosamente dia do nosso 4º aniversário!
Fomos devidamente enaltecidos, e reconhecidos nesse dia, que culminou com a entrega simbólica de um acrílico com as incrições referentes ao 25º aniversário da associação, e onde está registado que fomos “elevados” a Sócio Honorário da mesma.

NOTICIA JN
A Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatoide (ANDAR) e o grupo motard MotoMaco uniram-se para levar medicamentos das farmácias hospitalares até à casa de quem sofre da doença – pessoas de risco acrescido que devem evitar sair durante a pandemia. Desde que a ação voluntária arrancou, a 30 de março, várias dezenas de pessoas já receberam os medicamentos em casa.
“Havia muitos doentes preocupados e com medo de ir às farmácias dos hospitais”, explica o médico António Vilar, que há 25 anos ajudou a fundar a ANDAR, pelo que “procurou-se resolver essa necessidade”. Contactaram médicos, hospitais, anunciaram na Internet a disponibilidade e entregaram aos doentes procurações para os voluntários.
Para João Paulo Mateus, um doente de 59 anos dos Olivais, que pediu a ajuda da associação, foi uma “enorme satisfação” abrir a porta e ver o motard Tiago Campos com a sua injeção mensal. “Já tinha dores nas articulações e os pés e mãos a incharem, pois já devia ter tomado o medicamento e o efeito do anterior estava a passar”, contou.
Tiago Campos foi de moto levar os medicamentos a casa do doente João Paulo Mateus
Tiago Campos, consultor imobiliário que faz parte do grupo MotoMaco, foi por duas vezes ao hospital de Santa Maria e esperou horas na farmácia para lho poder levar, porque “pediam a receita original” e não a enviada por e-mail. Mas o problema foi “ultrapassado”, explicou a unidade de saúde ao JN. O contratempo, o único do género vivido até à data pelo voluntário, não arrefeceu a vontade de ajudar. “Saber que podemos fazer a diferença é muito gratificante. Esta é uma situação em que os doentes não podem sair de casa e precisam da nossa ajuda”, conta Tiago Campos. Como ele, há mais uma centena de membros do MotoMaco a fazer o mesmo por todo o país.
TRABALHO DE EXCELÊNCIA
“É um trabalho de excelência” que trouxe alívio a Isabel Pinto, 59 anos, professora. A doente ficou “comovida” pelo gesto quando recebeu em casa a medicação. “Vi uma publicação no Facebook e pedi, apesar de na altura não ser sócia da ANDAR, e ajudaram”. A alternativa seria deslocar-se à farmácia hospitalar. Mas, admite, “tinha receio”
“Estes doentes têm várias patologias associadas, não devem andar na rua nem ir a um hospital levantar a medicação”, sublinha Arsisete Saraiva, presidente da ANDAR. Desde que a iniciativa arrancou já entregaram dezenas de medicamentos em Lisboa, Porto, Évora e outras regiões do país e os pedidos aumentam.
Reportagem RTP: ver aqui